

O CONTINENTE PERDIDO DE MU -
O Pacífico também foi, segundo o coronel inglês James Churchward (1851-1936), o abrigo de outro continente perdido, Mu – o mesmo nome da ilha citado pelo abade Bounbourg em sua tradução do códice maia. Em 1926 publicou um livro chamado “O Continente Perdido de Um”, no qual afirmou que Mu era um continente que havia existido no Pacífico, ao mesmo tempo em que Atlântida no Atlântico – mas esta havia sido uma mera colônia de Mu. Em seu livro ‘”Forças Cósmicas de Mu“, publicado em 1934, o militar contou que tomou conhecimento dessas terras a partir do contato com um sacerdote Rishi indiano, com quem supervisionara o atendimento às vítimas de uma epidemia de fome na Índia, no século 19. O sacerdote ensinou-lhe rudimentos de naacal, língua que seria a primeira da humanidade, e foi com esse aprendizado que Churchward traduziu as inscrições de algumas tabuinhas sagradas de pedra pertencentes a um templo na Índia (denominadas “tabuletas muvianas” ou Tábuas de Naacal), grafadas na mais antiga escrita humana, esse dialeto, de nome nagamaia, já havia desaparecido há milhares de anos, tábuas nas quais se falava da criação do mundo e da primeira colonização da terra, levada a cabo pelos habitantes de Mu, chamados uigures. Nelas se descreve uma religião de tipo monoteísta, que parece ser o modelo em que foram baseadas as demais.
O Continente Perdido de Mu, de James Churchward.
E o tal sacerdote, também havia falado da criação do mundo e das primeiras civilizações que povoaram a Terra. Segundo Churchward, o continente e continha uma população de 64 milhões de pessoas. As inscrições indicavam sua localização (ligeiramente abaixo da Linha do Equador), sua extensão (9.600 quilômetros de Leste a Oeste, e 4.800 quilômetros de Norte a Sul). O continente abrangia quase a metade do Oceano Pacífico.
Mapa de Mu, segundo James Churchward . Mu se estendia do Havaí às Ilhas Fiji e da Ilha da Páscoa às Ilhas Marianas, com uma extensão de 9.600 quilômetros de leste a oeste e 4.800 quilômetros de norte a sul. O continente estava coberto por uma vegetação luxuriante e era baixo e plano, porque as montanhas só surgiriam no mundo depois da catástrofe. Nos seus dias de glória, albergara 64 milhões de pessoas divididas em dez povos, governadas por um sacerdote-imperador chamado Rah, que também era o nome dado ao Sol e a Deus. Nesta época remotíssima, a Europa era um grande pântano, e grande parte dos atuais continentes ainda estavam submersos.
Churchward também se referiu a cerca de 2.600 tabuinhas de pedra (andesita) encontradas em “Santiago Ahuizoctla” (na verdade, San Miguel Amantla, em Azcapotzalco, ao norte da Cidade do México), pelo mineralogista norte-americano Willian Niven (1850-1937) em 1921. Nada menos que 2.500 tábuas de terra cozida, que repousam no Museu Smithsonian e no Instituto Carnegie de Washington, e cuja particularidade, não possuir qualquer traço comum nas diversas escritas pré-colombianas. Nos decalques dessas tabuinhas, James Churchward teria encontrado os mesmos caracteres naacal.
O continente teria sido o palco de uma civilização altamente desenvolvida, de onde surgiram todas as raças humanas. As diferenças entre elas, segundo Churchward, se explicavam pela “degeneração” de colonizadores emigrados de Mu. As diferenças raciais teriam levado os grupos colonizadores a migrar para diferentes partes do mundo. Tal como a Lemúria de Blavatsky, tudo o que restou de Mu foram as ilhas do Pacífico. Grandes navegadores, os muvianos viajaram muito para fazer comércio e fundar colônias. A mais importante delas foi o império Uigur, no nordeste da Ásia. Os remanescentes dos uigures tornaram-se os arianos, de acordo com Churchward. Os mais poderosos formaram o império Uigur, cuja capital encontra-se até hoje enterrada sob o deserto de Gobi, na Ásia. Os outros formaram outras civilizações, entre elas as também hipotéticas Atlântida e Lemúria.
Todas as ilhas do Pacífico fizeram parte um dia do enorme continente de Mu, que como a Atlântida foi devastado por um cataclismo há cerca de 12.000 anos e submergiu, levando consigo uma civilização de 200 mil anos e sessenta milhões de pessoas. Esta foi a Mãe-Pátria do Homem, o Império do Sol que fundou colônias na América do Norte e no Oriente muito antes de as tribos nômades se fixarem na Mesopotâmia. É esta a origem de tantas ruínas intrigantes e das muitas lendas e símbolos idênticos presentes em povos os mais distantes. Assim, Mu seria o berço da civilização, de onde surgiriam as colônias que depois passaram a representar o império Atlântida no Oceano Atlântico e Rama na Índia e Lemúria em um continente que existiu onde hoje é a Indonésia, Malásia, até a Austrália e um grande império onde hoje é o Deserto de Gobi, na Ásia.
Logo apareceram novos dados em que apoiar esta suposta coluna fundamental. De acordo com antigas lendas de povos que habitavam a América do Sul muito antes da chegada de Cristóvão Colombo ao “Novo Continente”. Essas lendas caíram no esquecimento após a chegada de Cristóvão Colombo à América, que culminou com a dizimação de grande parte da cultura desses povos. Mas, Augustus Le Plongeon, viajante e escritor do século XIX interessado nas ruínas maias do Yucatán, anunciou ter conseguido traduzir com clareza o famoso Códice Troano [em honra de seu proprietário Dom Juan Tro e Ortelano, professor da Universidade de Madri, e que atualmente está depositado no Museu Britânico de Londres]. O manuscrito, que ele acreditava ter 3.500 anos, contaria a história de um continente que afundara com seus 64 milhões de habitantes, que teria sido conhecido dos maias. Sua tradução era a seguinte:
No ano 6 de Kan, no 11º Muluc no mês Zac verificaram-se terríveis terremotos que continuaram sem interrupção até o 13º Chuen. O país dos montes de lama, a terra de Mu, foi sacrificada: foi duas vezes erguida e desapareceu repentinamente durante a noite, enquanto a bacia era constantemente abalada por erupções vulcânicas. A sua localização fez com que a terra se afundasse e se erguesse várias vezes em diversos lugares. Finalmente, a superfície cedeu e dez países foram dividios e espalhados. Não conseguiram resistir à força do abalo e afundaram-se junto.
Há uma tradição que afirma que Quetzalcoatl, o deus branco dos astecas e toltecas, voltou para o seu país no mar do leste, depois de haver fundado a civilização tolteca. Esse mesmo deus era adorado entre os maias sob o nome de Kukulkán.
A literatura Tamil fala de um reino mítico chamado Kumari Kandam, comparável à Lemúria, que submergiu.
No Código Cortesiano (maia), atualmente na Biblioteca Nacional de Madri, se diz:
“Com seu poderoso braço Homem fez que a terra tremesse depois do por do sol, e durante a noite, Mu, o país das colinas, foi submerso“.
Uma das lendas mais antigas da Índia, conservada nos templos por tradição oral e escrita, reza que há várias centenas de mil anos, havia no Oceano Pacífico um imenso continente, que foi destruído por convulsões geológicas e cujos fragmentos podem ver-se em Madagascar, Ceilão, Sumatra, Java, Bornéu e ilhas principais da Polinésia. Segundo os Brahmanes, essa região havia alcançado um alto grau de civilização e a península do Industão, acrescida pelo deslocamento das águas na ocasião do grande cataclisma, não fez mais que continuar a cadeia das primitivas tradições originadas no mesmo continente. Essas tradições dão o nome de Rutas aos povos que habitavam o imenso continente equinocial; e de sua linguagem é que derivou o sânscrito…
Continuando as modificações da crosta terrestre, enquanto as terras dos atuais continentes se elevavam progressivamente , a parte da Lemúria ligada á África e Ásia começou a submergir – diminuindo o tamanho do continente . Foi nesta época que o povo da Lemúria começou a colonizar os novos continentes, constituindo novas comunidades. O maior número destas expedições se dirigiram para o Norte (Ásia), partindo também algumas expedições para o Oeste (Africa) e Leste (Américas – países andinos e Califórnia atual).
Se a Atlântida tem seu rastro mais remoto nas palavras de um filósofo, a Lemúria contou com a ciência para ser divulgada. Esse continente situava-se – dependendo da opinião – no leste da África, no Oceano Pacífico ou até além das suas margens, invadindo áreas hoje ocupadas pela Ásia e pelas Américas. A origem de seu nome está nos lêmures, primatas espalhados pelo hemisfério norte há cerca de 50 milhões de anos e hoje encontrados no sudeste da África, sul da Índia e Malásia.
O cientista Slater, em meados do séc. XIX havia ficado estupefato ao descobrir que um grupo de primatas, os lêmures, habitavam tanto em Madagascar como na Malásia. Dado que era impossível que estes monos tivessem atravessado o oceano índico a nado, se fazia obrigado a pensar que, em algum momento indeterminado da história, ambas as regiões haviam estado unidas. Foram muitos aqueles que a partir desta teoria, rebatizaram a Mu com o nome de Lemuria, em honra destes animais tão viajantes. Darwin sentiu-se ditoso de saber que o berço do mundo levava nome de um macaco.
O primeiro a propor a existência da Lemúria foi um zoólogo da Royal Society, Philip Schlater. Para justificar sua posição, ele listou indícios geológicos e botânicos de 22 espécies de fósseis encontradas tanto no litoral da África do Sul quanto no sul da Índia.
Nomes ilustres do meio científico, como o biólogo evolucionista Thomas Huxley e o naturalista Alfred Russell Wallace, apoiaram Schlater. Ernst Haeckel, divulgador da teoria darwinista na Alemanha, não só aprovou a idéia da Lemúria, como colocou ali o “provável berço da raça humana, que com toda a probabilidade ali se desenvolveu a partir de macacos antropóides”.
O endosso acadêmico foi ampliado por antropólogos e religiosos partidários da tese de que a humanidade se espalhara pelo mundo a partir de um único ponto. Daí ao tema chegar – como no caso da Atlântida – ao terreno do ocultismo foi um passo curto.
Uma cultura superior teria florescido na Terra desde há 100.000 anos até há 25.000, ainda que alguns a estendam até os 12.000, incluindo a Atlântida como pertencente à mesma?
Yonaguni
O geólogo marinho Masaaki Kimura anunciou que identificou as ruínas de uma cidade na costa da ilha Yonaguni, na extremidade sudoeste do Japão, a cerca de 7 km de Okinawa. Encontradas em 1985 por turistas que praticavam mergulho. Podem ter originado a lenda de Mu. “A julgar pelo desenho e a disposição das ruínas, a cidade deve ter tido a aparência de uma cidade da antiguidade romana“, disse Kimura, professor da Universidade Ryukyu e presidente da entidade sem fins lucrativos Associação de Pesquisas do Patrimônio Científico e Cultural Marinho. . Ele acredita que havia um “arco do triunfo” ao lado de um coliseu e um santuário no topo de uma colina. Mas muitos cientistas discordam dele, dizendo que as ruínas podem ser explicadas por fenômenos naturais, como a atividade vulcânica e das marés. Eles dizem, também, que foram encontrados muito poucos artefatos como potes de cerâmica ou armas, que pudessem provar que seres humanos viveram no local da formação rochosa.
fonte:lumini

